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Publication Type | Conference Paper |
Año de publicación | 2024 |
Authors | Almeida de Jesus, ASalomé, Pocinho, R, Margarido, C, Torecilla-Sánchez, EMaría |
Nombre de la Conferencia | 8th International Conference on Childhood and Adolescence and 11th Anual Meeting of the Social Paediatric Subcommittee (SPS-SPP) of the Portuguese Society of Paediatrics |
Fecha de publicación | 01/2024 |
Resumen | O conceito de educação tem vindo, ao longo do tempo, a sofrer várias alterações, passando a valorizar-se a educação ao longo da vida, a educação não-formal e informal e a educação em diferentes contextos. Mesmo dentro da escola, o paradigma de educação formal sofreu transformações, destacando o aluno enquanto pessoa, enquanto um ser completo e complexo, moldado e influenciado por fatores internos e externos, e não apenas como um depósito de saber. Neste contexto, passou a dar-se enfoque às práticas educativas com finalidade de prevenção e de ajuda ao desenvolvimento pessoal e social (Ramos, 2006). A escola mantém-se, todavia, como o centro mais relevante de socialização e de educação, o que faz com que os novos problemas, necessidades e comportamentos tanto no seu seio como na sociedade em geral (e.g., violência escolar, indisciplina, inadaptação social, maus-tratos na família, violência/criminalidade…) não possam ficar à margem da dimensão educativa e do papel da escola (Martins, 2013). A Educação Social tem, assim, uma importância fundamental no contexto escolar, tendo como finalidade favorecer a inserção dos sujeitos na comunidade, auxiliando a família no controlo de comportamentos/atitudes e da disciplina (Pinheiro, 2021; Martins, 2013). Pinheiro (2021, pp.75-76) salienta que se pressupõe uma perspetiva colaborativa entre os profissionais da educação e da Educação Social, com vista à melhoria da intervenção da escola perante as novas realidades sociais, estabelecendo-se “pontes entre a cultura escolar e os recursos culturais do território e da comunidade onde está inserida a escola, promovendo assim uma escola aberta ao exterior, favorecedora da inclusão dos alunos”. A intervenção da Educação Social nas escolas assenta, essencialmente, na promoção de competências pessoais, educacionais e sociais, destacando-se nos últimos tempos também a promoção das competências emocionais. O educador social é um profissional preparado para “o desempenho de funções que colocam a pessoa no centro da sua ação socioeducativa, em sintonia com o seu mundo emocional, as suas potencialidades, os seus interesses, as suas necessidades e as suas expectativas” (Pinheiro, 2021, p.75). No Agrupamento de Escolas de Arronches este papel da Educação Social é extremamente valorizado, estando implementada a medida “Pontes… são Arcos de Sorrisos”, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário, desde 2020. São desenvolvidos projetos e atividades de prevenção de comportamentos anti-sociais e promoção de competências pessoais e socioemocionais, tanto numa intervenção de carácter comunitário como individual. São disto exemplo os seguintes projetos: Sentir@Ser (Mindfulness e Gestão Emocional); Medi@r – Construindo Pontes (mediação de conflitos, prevenção da violência e bullying e promoção da paz escolar); SOS Luz (primeiros socorros para crianças e jovens); Empreendedores da Poupança (literacia financeira e educação para o consumo); Ser Voluntário… (voluntariado); O Sentido de Espaço Público e Bem-Comum (anti-corrupção); Medi@ e Comunicação (cidadania e segurança digital), Desafia-Te a Comunic@r (oralidade e criatividade), entre tantos outros. Destaca-se, ainda, a intervenção individual com alunos sinalizados no âmbito da promoção de competências pessoais, sociais, emocionais e académicas e a intervenção com agregados familiares com necessidades identificadas (Banco de Vestuário; encaminhamentos para outros serviços; mediação familiar; gestão familiar; gestão orçamental; educação parental…). |
A Educação Social em contexto escolar
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